3 de junho - Dia da Conscientização contra a Obesidade Infantil
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3 de junho - Dia da Conscientização contra a Obesidade Infantil

03 de Junho de 2023

3 de junho - Dia da Conscientização contra a Obesidade Infantil

Hoje no dia da conscientização contra a obesidade infantil precisamos refletir que a obesidade na infância não é um problema meramente estético e sim uma questão de saúde pública, sendo associada a fatores genéticos, ambientais e comportamentais e influenciada pela mídia e redes sociais.

 

O excesso de peso, considerado há muito tempo como uma condição de famílias de alto poder aquisitivo, agora é cada vez mais uma doença das famílias de baixo poder aquisitivo, refletindo a maior disponibilidade de “calorias baratas” de alimentos ultraprocessados em quase todos os países do mundo. A consequência dessa má qualidade da alimentação infantil é a tripla carga da má nutrição – composta por subnutrição, fome oculta e sobrepeso, a qual prejudica profundamente o crescimento e o desenvolvimento das crianças, dificultando que atinjam seu pleno potencial. Hoje, a alimentação de baixa qualidade nutricional é considerada a principal causa de morte no mundo. O relatório publicado pela UNICEF em 2019 traz dados alarmantes:

 

· 40 milhões de crianças de menos de 5 anos com sobrepeso.

· 1 em cada 3 crianças menores de 5 anos não está crescendo bem devido à má nutrição em suas formas mais visíveis: desnutrição crônica, desnutrição aguda e excesso de peso.

· 2 em cada 3 crianças não recebem a diversidade alimentar mínima que é recomendada para um crescimento e um desenvolvimento saudável.

· O sobrepeso infantil pode levar ao aparecimento precoce de diabetes tipo 2, estigmatização e depressão, e é um forte indicador da obesidade adulta.

· 44% das crianças de 6 a 23 meses não são alimentadas com frutas ou legumes e 59% não são alimentadas com ovos, laticínios, peixe ou carne.

 

Todos esses dados refletem o que estamos vendo crescer a cada dia: as crianças estão deixando de comer alimentos _in_ _natura_ e minimamente processados, e comendo cada vez mais alimentos altamente processados ricos em açúcares e gorduras e pobres em nutrientes essenciais e fibras. E as pesquisas científicas já demonstram que crianças que se tornaram obesas aos dois anos de idade têm maior probabilidade de ser obesas quando adultas, ou seja, a composição da sua alimentação não tem impacto só a curto prazo, e sim para toda a sua vida. As consequências de uma alimentação e hábitos alimentares inadequados durante na infância são desastrosas. A ingestão excessiva de alimentos ricos em sal e açúcares refinados no início da vida pode causar ou aumentar a chance de uma série de doenças e condições na idade adulta como obesidade, síndrome metabólica, doenças cardiovasculares e hipertensão.

 

É por isso que muitos pesquisadores tem se debruçado em estudar os primeiros 1.000 dias (da gestação até os 2 anos de vida), pois existe um grande conjunto de evidências científicas demonstrando que uma nutrição adequada nessa fase da vida constrói a base para o crescimento e desenvolvimento adequado, sistema imunológico ótimo, formação de hábitos alimentares saudáveis e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis na vida adulta como obesidade. Diante desse cenário, vemos que o nutricionista tem papel essencial no combate a obesidade infantil, principalmente os nutricionistas que se especializaram em nutrição materno-infantil e os que atuam no ambiente escolar. Vamos refletir em alguns pontos onde a atuação do nutricionista pode fazer toda a diferença na vida das crianças.

 

Texto escrito pela nutricionista Camila Silva Viola Alves CRN-3 10092


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